“Melhor maneira de lidar com luto é vivê-lo”, defende psicóloga

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2016 12h10
EFE

A trágica morte da delegação da Chapecoense e profissionais da imprensa após queda do avião FC 8170 da Lamia na madrugada da última terça-feira deixou o Brasil e o mundo esportivo em luto. Fãs e familiares das vítimas agora terão que lidar com a dor e o luto de terem perdido seus entes queridos, mas como enfrentar isso da melhor forma? 

No Jovem Pan Morning Show desta quarta-feira (30), a psicóloga Elaine dos Reis Alves, do Laboratório de Estudos Sobre a Morte do Instituto de Psicologia da USP, afirmou que a melhor forma de encarar essas situação é vivê-lo de forma intensa.

“O luto é a pior experiência que o humano terá em sua vida. A melhor maneira de lidar é vive-lo intensamente. Por ser algo muito ruim, as pessoas querem sair dele o quanto antes”, explicou. “O luto está ligado a essa vontade de querer que a pessoa que morreu viva novamente. A não aceitação em uma morte trágica tem um luto mais difícil”, completou o raciocínio.

Alves conta que as pessoas vão entrar nesse estado realmente apenas os rituais de despedida. “É aí que começa o processo de luto e o reaprender a viver sem essa pessoa que a deixou”, ressaltou.

A dor da cidade de Chapecó, Santa Catarina, que se mobilizou durante todo o último dia 29 de novembro para homenagear os atletas que estavam a caminho da primeira final internacional da história da Chapecoense foi destaque em todos as mídias nesse dia triste para todo o Brasil. O luto coletivo é mais fácil de ser superado? A psicóloga vê uma maior facilidade para essas pessoas, já que podem conversar abertamente uma com a outra para aliviar a tristeza.

“O luto coletivo é mais fácil de superar, porque as pessoas têm a necessidade de falar e podem fazer isso uma com a outra”, concluiu.

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